segunda-feira, 30 de abril de 2012
Ouvia...
ajudava, consolava, me importava. E não foram poucas as vezes que, mesmo em segredo, eu deixava de pensar na minha vida pra ajudar os outros. Em segredo, explico, porque não acho que preciso de medalhas, prêmios ou troféus. Se eu faço, é de coração, sem esperar reconhecimento do outro. Mas, perdão, eu sou humana e sinto. O mínimo que a gente espera é gratidão. Aprendi que ela nem sempre aparece. Aprendi que às vezes as pessoas acham que o que a gente faz é pouco. Por tanto aprendizado, acabei descobrindo que é melhor eu cuidar mais da minha vida e dos meus problemas e deixar que os outros se virem sozinhos. Não quero morrer santa, quero morrer feliz.
terça-feira, 17 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
“Já ouvi várias vezes...
ah-como-você-lida-bem-com-as-coisas. Não, não lido. Sou péssima em lidar “com as coisas”. Sou ciumenta com coisas bobas, impulsiva pelo menos uma vez por dia, leio bula de remédio e depois acho que tenho aquele bando de sintomas, meu dedão do pé não é bonito, quero tudo do meu jeito e minha cabeça é muito, muito dura. Não sou uma musa, uma diva, uma entidade, uma mestra. Sou uma pessoa. E de vez em quando sou uma pessoa péssima. Péssima mesmo. De vez em quando morro de vergonha de mim. E se eu fosse você morreria de vergonha de mim também. Amo muito, tudo é muito, tudo é exagero, tudo é demais.”
segunda-feira, 5 de março de 2012
Estava tudo quieto,
sem som, sem vozes, estava um silêncio enorme, só havia o barulho dos pássaros que voavam sem parar como sinal de que o mundo estava lindo lá fora, mais ela preferia não saber, estava sentada, toda encolhida no canto do quarto, até ela achava aquele silêncio deprimente, mais em seus pensamentos havia um alto barulho de decepções, sonhos e desejos, que ia lhe sufocando lentamente, sua vontade era gritar e fazer com que todos aqueles pensamentos fosse embora mais de nada adiantava. ✿ Beco das ilusões perdidas
sexta-feira, 2 de março de 2012
Eu não posso ser duas pessoas ao mesmo tempo,
o que me torna limitável, caramba. E claro, isso é uma direta bem forte para que vocês parem de me fazer cobranças. Nunca serei perfeita pra ninguém, nem pra mim mesma. Porque continuo sendo o personagem principal da minha própria história e devo honrar esse título me cuidando em primeiro lugar. É de conhecimento geral que me esforcei muito para agradar a maioria. Tão tola, eu. Somente a minoria gosta verdadeiramente da minha pessoa e é esse número pequeno que vou preservar, custe o que custar. Entretanto, necessito da compreensão dos meus amigos. Quero que não surtem toda vez que eu não tiver um tempo pra vocês e que me perdoem quando eu machucá-los. Não foi minha intenção, não a verdadeira. Há tantas barreiras que me impedem de ser uma grande amiga. Acabo sendo falha, tristemente defeituosa quando se trata de amizade. E tiro o chapéu para aqueles que conseguem estar sempre ao lado de quem amam, sem perder nenhum momento de suas vidas. Bem que poderia ser assim comigo.
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
E durante minha vida,
tomei decisões que eu sabia que não teriam volta, era preciso arriscar “tentar ser feliz”, mesmo sem ter nenhuma garantia[…] E vou continuar assim, arriscando, tentando, escolhendo caminhos incertos, mas sempre olhando pra frente.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Uma confusão que se chama vida.
Nascer pelado, sem um tostão no bolso. E chorar, pedindo um pouco de ar pros seus pulmões. Se tornar um bebê. Engatinhar, ter crises de choro pelos dentes que estão nascendo. Sujar todas as fraldas possíveis, algo que não impede de ser amado pelos seus pais. Crescer mais um pouquinho. Iniciar os estudos, aprender a amarrar seus sapatos. Adiante, lá vem o primeiro amor. Provavelmente termina num desordeiro fracasso e é aí que você pensa “sim, viver é uma merda.” E você tenta tornar essa merda bonita, porque o seu sonho é mergulhar no dinheiro e ser conhecido pelo mundo. Que pena. Na adolescência, arrancam suas ilusões sem dó nem piedade. As espinhas aparecem e levem sua auto-estima junto com elas. Nem mesmo seu animal de estimação te compreende e você detesta esse mundo com ideias absurdas. Afinal, você quer espaço. É tudo pequeno demais, apertado demais. De menos, só as suas possibilidades de sorrir com sinceridade. A expectativa pra entrar na maioridade é grande. Vai ser independente, dono do próprio nariz. Vai a luta pelos seus amores e vai poder fazer o que quiser. Grande bosta. É aí que você se sente preso, sufocado com as novas responsabilidades e sem colinho de papai e mamãe pra ajudar. A frase da vez é: “se vira”. Pronto. Cadê as explicações? É isso? Essa é a mesma fase da vida que me disseram ser maravilhosa? Porque parece uma tortura. Três objetivos: trabalho, faculdade e sucesso. Diversão só é prioridade pra quem quer terminar fracassado, vendendo balinha nos sinais da rua. E mesmo sendo trabalho digno, você quer terminar ao menos sentado numa mesa de escritório, vestindo um terninho chique e uma sala com ar-condicionado. Mordomia, apenas para quem nada no dinheiro. Às vezes, o futuro desaparece. Você planeja algo e esse “algo” se vai. Você faz de alguém o centro do seu mundo e a relação termina. Pow! Acabou-se o que era doce. Vai passar a experimentar o amargo da vida. Fica praticamente louco com esses altos e baixos. Nunca no meio, quase nunca tranqüilo perante os problemas do dia-a-dia. E assim desejamos uma máquina do tempo porque… Que deus-nos-acuda, hein. Nem o sentido está mais fazendo sentido.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Ela era assim, toda errada.
Entre devaneios, sonhos, algumas realizações, está ela. Fria, gélida, egoísta e amarga. Não mais hoje, mas um dia ela desejou apenas congelasse por dentro e entorpecesse todas as suas dores. Ela deseja demais. Quer ser feliz, aqui, agora e sempre. Sua sede faz-lhe beber de mágoas e rancores. Não aceitava o que havia com ela, por que se tornara tão fria consigo mesma? O amor, talvez. Tornou-se tão monossílaba, uns ”sei lá” pra cá e e outros ”tanto faz” pra lá. Ela tenta amenizar a realidade, repetindo para si mesma ”foda-se, eu não me importo”. Por mais que diga ser a garota banal, mas às vezes suas prioridades não passam de futilidades momentâneas. Lamenta-se por ter errado quando não podia e silenciado quando sua voz deveria florir o que sufocava-lhe a garganta. Vê-se como uma errante ambulante, que de tanto errar, ficou certa. Ela já desejou ser qualquer outra pessoa, menos ela. Ela é forte, porque com tantas chances para desistir, ela continua aqui. Por amor, por esperança. Ciúmes, possessividade, drama poderiam lhe definir, mas não seriam suficientes. Agora, se tivesse um único pedido a ser realizado, seria de um coração novo. Das consequências não se pensa, a não ser o momento que um olhar no outro, tudo volte a fazer sentido, quer que o presente seja como foi um dia.O passado a fascina, porque nostálgica, consegue lembrar que fora feliz. Sempre que tinha uma oportunidade pra mudar seu destino, tornava-se covarde. Uma franja em movimento, um sorriso curvando levemente seus lábios, meio torto e tímido. Tornou-se fria, reconheço, talvez pelas inúmeras decepções. Mas ela fingia, você sabe. Para ela pequenos obstáculos rendia-lhe grandes esforços e possivelmente, grandes sacrifícios. Desiste pois, mas põe um sorriso no rosto e diz que está tudo bem. Mas ela precisava de um colo, de um conforto, de um novo amor. Dizem que ela é ingênua demais, porque prefere acreditar em finais felizes do que fazer o seu. Alguns diziam que era a estranha, que não se encaixava em nada, talvez fosse mesmo. Que faz promessas, sabendo que é incapaz de cumpri-las e mais cedo ou mais tarde as quebrará. De que fez acordar todas as manhãs com o nome dele em sua cabeça, e com sorriso dele em sua mente. De tantos mistérios, ela esperava que alguém a decifrasse. Ela ri por dentro. Ela sofre e ninguém vê. Ela sonha de olhos abertos, e quando fechados, encontra os olhos dele. Lembra-se da respiração calma, dos olhos cor de fogo, da voz que é melodia, e do sorriso radiante, todos dele. Ela sabe sorrir, mesmo com lágrimas nos olhos. Ela mesma não entendia o que havia com si. Mas um dia ela aprenderá que tudo só fará sentido quando perceber que a única pessoa que precisa é dela mesma. Ela segue em frente, mesmo não querendo. Depois de tudo, ela espera dias melhores e céus mais azuis. Ela ainda acredita, talvez seja esse seu problema.
“E, então, ela decidiu mudar..
... Jogou fora todas aquelas roupas antigas, no qual, não sentia bem em usá-las, jogou fora todos aqueles sapatos velhos, decidiu comprar uns novos. Trocou todos os livros daquela instante empoeirada e decidiu limpar a bagunça do porão que ninguém entrava a séculos. Resolveu fazer o que diziam por aí: renovar. Pensou em mudar o corte do cabelo e trocar tudo do guarda-roupa amontoado de coisas inúteis que ela nem se quer usava. Pensava “pra quê?”. Pensando bem, tudo aquilo era inútil mesmo. Talvez era o melhor modo de recomeçar, mais aceitável do que ficar no quarto sem fazer absolutamente nada, esperando as coisas acontecerem por ela. Decidiu mudar todos aqueles esmaltes todos sem cores, sem vida, que só comprava pra deixar lá, guardados, pensava assim “qualquer data especial, eu os uso”. Mas todas as vezes que tinha algum compromisso, sempre tinha a mesma desculpa “não vou, não estou afim.” Mas era tudo mentira, todo mundo sabia, que ali, dentro dela, ela não queria mostrar o que realmente havia, e o pior, não queria mostrar isso á ninguém, escondia pra si. Ela nunca contou o que deveria ter contado. Nunca pode se expressar, nunca pode ser ela mesma. Dizia pra si “foda-se” mas no fundo, continuava se importando. E era tudo por causa dele, daquele maldito filho da puta. Por que a prendia tanto assim? Em si? Já estava na hora mesmo de acabar com isso. E então, ela caiu na real. E decidiu mudar. Decidiu sair dessa vida triste, dessa mesmice, desse clichê de sempre. Cansou de ouvir as mesmas músicas que lembravam ele, cansou de tudo. Jogou fora todas as fotografias antigas e decidiu tirar umas novas. Acima de tudo, ainda estava confusa, perdida e assustada. Mas ela tava mudando, não tava? Decidiu até alugar um filme novo pra assistir, sem ser esses de amores correspondidos, alugou um de comédia, só pra poder reviver um pouco. Decidiu até mudar o cardápio do jantar de hoje, aliás, hoje era um dia especial, ela estava mudando. Decidiu que iria mudar de emprego, até porque, odiava o emprego antigo. Disse pra si mesma “vou fazer o meu mundo, como bem entender, assim, vou viver, do meu jeito.” A partir de hoje, ao invés de esperar alguém vir arrumá-la, ela arrumava do seu jeito. E quem quisesse entrar em sua vida, que entrasse e que se acomodasse, mas que não decidisse mudar nada, como ela mesma avisou: “vai ficar desse jeito aí mesmo, não mudo por nada, nem ninguém.
sábado, 7 de janeiro de 2012
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
É difícil sabe..
é difícil me olhar no espelho e ver o que me tornei. É difícil imaginar que um dia eu tive coração, que um dia eu tinha sentimentos. É difícil ser fria até comigo mesmo. Sabe, dói ver aquele sangue escorrendo e eu sorrindo. Eu não sinto mais, parece que da maneira mais estranha possível eu dei um jeito de ” excluir meu coração”. É como se a dor pra mim fosse a mesma coisa que sorrir. Eu não sei explicar, não sei por que isso aconteceu… não sei por que me tornei tão dura assim. Eu não tenho mais dó de nada, não sinto mais a felicidade que eu sentia tempos atrás. Parece que eu fui crescendo e me congelando. Eu não gosto mais de abraços inesperados como dias atrás, eu não acredito nesses sorrisos escrotos e falsos das pessoas que eu vejo por aí. Parece que meu foco mudou completamente. A noite não é tão mágica como era, eu não gosto mais de estrelas, não suporto coisas coloridas, ex-ídolos para mim hoje são grandes palhaços que não sabem cantar e saem por ai querendo ganhar a vida. Parece que eu estou completamente mudada, uma mudança repentina, que está me deixando cada dia mais estranha, cada vez mais distante do que eu sonhava ser…
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
As vezes
a gente para e percebe como a nossa vida muda da noite pro dia. Percebe como nossos sonhos não passam de puros erros, que tudo que a gente pensou que poderia dar certo deu errado e fica feliz por isso, sim FELIZ. Feliz por saber que a frustração veio atravez do seu suor, por ter se jogado de cara e ter corrido atraz de sua própria felicidade ao invez de ficar lamentando a vida. Sempre estamos querendo algo, lutando por algo... É bom saber que algo deu certo, mais ao mesmo tempo é melhor ainda ver nossos erros e lutar para não os comete-los novamente. Psé, sempre que chega final de ano todos ficam com essa mania de fazer uma retrospectiva de tudo, observar como tudo mudou.. ou na maioria das vezes como as coisas continuam do mesmo jeito, é tempo de promessas, simpatias.. É tempo de refletir.
“Eu...
não assisto programas, não me sento no sofá com frequência, meus amigos não me visitam e eu uso óculos de grau. As pessoas dizem que não saio de casa, que eu sou louca, mas a maioria nem fala comigo. Sem ter a certeza de que viverei amanhã, eu me contento com os sonhos que carrego. Semana passada mataram um homem, um cachorro latiu enquanto eu caminhava em silêncio, e meu tio dirigia um carro longe daqui. Eu odeio o sol, o calor e o suor. Nasci no inverno, e sempre preferi os edredons. Eu não sei falar ao celular e andar ao mesmo tempo, eu acho que existem dragões em meu guarda-roupa, e sempre brinquei debaixo do chuveiro. Eu não me engano, mas me contorno. Às vezes prefiro o campo, mas outras quero no rosto a garoa do céu acinzentado de uma metrópole que cresce descontroladamente. O meu perfume é doce e todo mundo reclama quando eu passo demais. Até mesmo quando eu não passo. Ninguém desvenda o mistério nos meus olhos, ninguém olha neles. Eu sorrio fácil, algumas pessoas têm o dom de me fazer sentir um aconchego apenas por estar perto. Eu coleciono coisas que ganhei dos meus amigos. E tenho dor de cabeça com frequência. Tudo que eu toco, quebra. Eu nunca tive sorte. Eu sou engraçada, até mesmo quando séria, pois mordo a língua como um leão pra passar a raiva. As pessoas me convidam, mas eu nunca apareço. Ninguém sabe por onde eu ando, nem o que comi no almoço. Esperam que eu ajude em algo que não sei dar nome. A verdade é que as pessoas não me conhecem, não sabem a cor do meu cabelo, nem porque eu comprei um chinelo novo. A verdade é que elas precisam de alguém além delas mesmas, além da imagem fétida que veem no espelho do quarto, além da bailarina que dança na caixa de música. A verdade é que essa não sou eu. Eu não tenho esse costume de dançar a música dos outros, e nada tenho comigo, além de três cachorros que dormem em minha cama. Esse casaco não é meu, não fui eu quem dirigiu até aqui. Eu faço parte do sereno, mas não sou o orvalho. Os emaranhados do meu cabelo são como nós, porque eu nunca me importei com isso. Eu não sou o que conhecem, eu vou além do suco de morango e da bendita preguiça de fazer compras. Eu não sou “Eu.”
terça-feira, 29 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
Considero a amizade
uma das formas mais sinceras de amor, se não a mais. Pra ter um amigo, você não precisa ser rico, e nem ter um carro bonito. Suas roupas não precisam ser da moda, e o seu cabelo pode estar despentado. Pra ser amigo, você só precisa ter um coração enorme, disposto a suportar problemas que não são seus, mas é como se fossem, porquê dizem por ai que amizade é um casamento. E não é? Amigos dividem emoções, tristezas, aborrecimentos, angústias, dores. E o melhor: não cobram por isso. Estão ali pra dar o seu ombro, mesmo que isso lhe custe horas e horas ouvindo zumzum em seus ouvidos. Bem aventurados os quê tem amigos, pois a sorte de um amigo verdadeiro, nem sempre bate a porta de todas as pessoas.
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